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Robô colhe pimentões no Japão

Robô colhe pimentões no Japão

A empresa japonesa AGRIST, em colaboração com os agricultores da cidade de Shintomi, desenvolveu um robô de colheita automática de pimentões, chamado simplesmente de L. O autômato pesa 16 kg e se move usando um cabo que fica instalado dentro da estufa. 

Essa solução de locomoção já elimina a necessidade de um trilho no solo e permite uma construção simplificada e uma operação mais prática, já que o robô consegue passar facilmente por obstáculos como lama ou folhas caídas.

Além de cortar pimentões com alta precisão e velocidade, o L possui tecnologia de inteligência artificial, que coleta e acumula dados de imagem de pimentões em várias fases de amadurecimento. Assim, futuramente a AGRIST também poderá usar a tecnologia para fornecer serviços que analisem os dados das plantações, avisem sobre doenças e prevejam o rendimento.

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Ministro dos Transportes investirá R$ 1,7 bilhão em obras rodoviárias e ferroviárias

Ministro dos Transportes investirá R$ 1,7 bilhão em obras rodoviárias e ferroviárias

O ministro dos transportes, Renan Filho, anunciou uma previsão de investimentos na ordem de R$ 1,7 bilhão, no chamado Plano de 100 Dias, que prevê a revitalização, retomada e intensificação de obras rodoviárias e ferroviárias ainda neste ano.

Um dos compromissos é realizar obras em 12 das principais rodovias do país: BR-432/RR, BR-364/AC, BR-116/CE, BR-101/SE, BR-116/BA, BR-080/GO, BR-101/AL, BR-381/MG, BR-, 447/ES, BR-163/PR, BR-470/SC e BR-116/RS. Também estão previstas a construção e a revitalização de 72 pontes e viadutos. A ideia é entregar 861 quilômetros de rodovias construídas, revitalizadas e sinalizadas até abril de 2023.

As obras contempladas levam em consideração demandas feitas pela Confederação Nacional do Transporte – CNT e seguem o diagnóstico realizado pela Pesquisa CNT de Rodovias. Em sua 25ª edição, o estudo avaliou 110.333 quilômetros de rodovias, dos quais 66% foram classificados como Regular, Ruim ou Péssimo. 

A piora do estado geral da malha é considerada um dos reflexos do baixo investimento público em infraestrutura de transporte – situação que o Governo Federal pretende reverter. “Nossa meta é interromper a involução do setor dos últimos quatro anos. Estamos abertos a aprimorar nossos procedimentos para atrair mais investimentos privados, somando esforços com os recursos públicos”, afirmou o ministro.

Além das obras em rodovias e ferrovias, o plano elenca outros quatro eixos de ações prioritárias. São eles: prevenção de acidentes e redução de mortes nas rodovias federais; medidas para escoamento da safra recorde de grãos; pronto atendimento para emergências em razão do período de chuvas; e ações de fortalecimento para atração de investimento privado.

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Iniciativas de inclusão feminina na logística fazem sentido?

Iniciativas de inclusão feminina na logística fazem sentido?

A pergunta é propositalmente misógina. Isso nem deveria estar em discussão, mas é justamente por haver ainda uma enorme lacuna de participação feminina no segmento que o tema sempre ganha repercussão  no mês de março, normalmente dedicado às mulheres.

Notadamente o percentual de mulheres ao volante de caminhões de todos os portes e vans de entrega é em geral bem reduzido, numa profissão normalmente associada ao público masculino. Mas tudo isso não passa de mero preconceito: inúmeros são os casos de mulheres motoristas que se provaram plenamente capazes de dar conta dos rigores do ofício no TRC, superando preconceitos que as relegam a funções fixas, uma herança que, apesar das iniciativas em contrário, ainda insiste em se manter em nossa sociedade.

Um exemplo é o Movimento A Voz Delas, criado pela Mercedes-Benz com foco nas necessidades das caminhoneiras e esposas dos caminhoneiros de todo o Brasil. “Queremos conscientizar a sociedade da importância destas mulheres no transporte e buscar parcerias para tornar este movimento ainda maior. O Movimento A Voz Delas nasceu justamente com o propósito de ouvir as histórias de mulheres que trabalham nas estradas, visando encontrar maneiras de transformar suas realidades. Afinal, quem faz o transporte de cargas acontecer, merece receber atenção e encontrar mais segurança, respeito, dignidade e melhores condições no seu percurso”, ressalta Ebru Semizer, gerente sênior de Marketing Comunicação & Inteligência de Mercado Caminhões da Mercedes-Benz do Brasil. “E para que esse grito seja cada vez mais alto, precisamos que mais pessoas e mais parceiros juntem-se a nós”.

De acordo com a executiva, infelizmente a infraestrutura das estradas brasileiras e também o preconceito são obstáculos que as caminhoneiras ainda enfrentam, o que se repete em outras profissões. “Mas quando atuamos juntas e por uma causa que traz mudanças positivas, os resultados podem até demorar, mas vão aparecer e mostrar a importância de acreditar na força feminina no mercado de trabalho”.

Outras iniciativas

Existem ainda outras iniciativas que seguem neste sentido, como o Movimento Vez&Voz – Mulheres no TRC, criado pelo Sindicato das Empresas de Transportes de Carga de São Paulo e Região (Setcesp) em 2020, para valorizar as mulheres que trabalham no setor de transporte rodoviário de cargas, fomentar o crescimento profissional delas dentro do próprio segmento e atrair novos talentos para o TRC.

Além disso, tem como um dos objetivos criar uma rede de apoio e incentivo para discutir outros assuntos que permeiam os diversos universos femininos, como: auto-conhecimento, relacionamento, maternidade, saúde, beleza e todos os desafios que são inerentes às mulheres.

Um caminho ainda a percorrer

Quando pensamos em funções administrativas, de gestão ou comerciais, a participação feminina é mais perceptível: de acordo com a última pesquisa divulgada pelo Instituto Paulista do Transporte (IPTC), órgão de pesquisa parceiro do Setcesp, em 2021, houve um crescimento de 61% do público feminino no setor, em que pese a participação em diversas funções, inclusive administrativas e não necessariamente na condução de um caminhão.

O IPTC, que é órgão de pesquisa parceiro do Setcesp, mostrou que em 2021 aconteceram em São Paulo 32.094 contratações femininas para cargos no setor de transporte. O crescimento é 61% superior a 2020, especialmente nas áreas administrativa e comercial, com representatividade feminina de 52% e 56% sobre a masculina, respectivamente. Já no setor operacional foram registradas 13.741 contratações femininas e 125 mil masculinas. 

Porém, observe que, desde de 2015, o projeto do Sest Senat de Habilitação Profissional para o Transporte – Inserção de Novos Motoristas registrou a participação de 2.311 mulheres, ou seja, algo como 385 novas motoristas-ano. Isso é quase nada se pensarmos num universo de mais de 2,7 milhões de veículos ativos no TRC brasileiro, entre caminhões de todos os portes e vans de entrega. Ou seja, ainda há um longo caminho a percorrer.

É sabido que cresce o interesse feminino no setor de transporte rodoviário, embora o número de mulheres habilitadas com CNH para dirigir caminhão ainda seja muito, muito baixo em relação aos homens. Segundo a Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran), com dados de janeiro de 2022 do Registro Nacional de Carteira de Habilitação (Renach) foram registradas 4,39 milhões de CNHs para veículos pesados (caminhões e carretas), das quais 97,19% são para motoristas homens e apenas 2,81% para motoristas mulheres.

É uma oportunidade pouco explorada pois a maior parte das mulheres que opta pela profissão de caminhoneira é extremamente dedicada e comprometida com o trabalho, o que se traduz em uma maior produtividade e qualidade nos serviços prestados.

Outra vantagem é que a contratação de mulheres como caminhoneiras pode ajudar a melhorar a imagem da empresa perante a sociedade. Como sabemos, a igualdade de gênero é uma questão muito importante nos dias de hoje, e empresas que demonstram comprometimento com a diversidade e a inclusão têm muito mais chances de se destacar no mercado e atrair uma clientela mais consciente e engajada.

Além disso, a presença de mulheres no setor de transporte pode contribuir para a criação de um ambiente de trabalho mais seguro e respeitoso. Isso porque, muitas vezes, a presença feminina ajuda a diminuir o machismo e os comportamentos agressivos que infelizmente ainda são comuns em algumas empresas de transporte.

E a contratação de mulheres como caminhoneiras pode trazer benefícios financeiros para as empresas. Isso porque a diversidade no ambiente de trabalho pode ajudar a aumentar a criatividade e a inovação, gerando soluções mais eficientes e rentáveis. 

Espaço para as mulheres, existe. As barreiras também. Cabe às empresas revisar sua administração para estimular cada vez mais a participação das mulheres e tornar o espaço mais igualitário, com políticas de RH que acolham mulheres que não possuem experiência e elaborar uma jornada de treinamento, capacitação e qualificação constante. E isso, além de ser uma iniciativa que considera o princípio da equidade, faz todo o sentido para ajudar a dar conta da carência de bons profissionais que com frequência afeta o setor.

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Acidentes e mortes nas rodovias federais custam quase R$ 13 bilhões em 2022

Acidentes e mortes nas rodovias federais custam quase R$ 13 bilhões em 2022

A estimativa faz parte do Painel CNT de Consultas Dinâmicas dos Acidentes Rodoviários, da Confederação Nacional do Transporte e o custo total estimado dos acidentes ocorridos em rodovias federais em 2022 foi de R$ 12,92 bilhões. O valor é praticamente 100% maior do que todo o investimento público federal aplicado no ano passado na malha pública federal (R$ 6,51 bilhões) e representa um aumento de quase R$ 800 milhões em relação a 2021. Os dados fazem parte do Painel CNT de Consultas Dinâmicas dos Acidentes Rodoviários. Clique AQUI para baixar a versão completa com todo o detalhamento do estudo.

O ranking de custos de 2022 por estado é liderado por Minas Gerais (R$ 1,69 bilhão), que tem a maior malha rodoviária do país. Na sequência, estão Paraná e Santa Catarina, com R$ 1,41 bilhão e R$ 1,32 bilhão, respectivamente.

O total de registros de acidentes nas rodovias federais em 2022 foi de 64.447, sendo que 52.948 deles acabaram com vítimas (mortos ou feridos). O período de Carnaval foi o campeão de sinistros nas rodovias federais em 2022. De acordo com a análise da CNT, da sexta-feira de folia à Quarta-Feira de Cinzas do ano passado foram registrados 1.160 acidentes. Em segundo e terceiro lugares estão os feriados de Proclamação da República e Corpus Christi, cujo total de acidentes foi de 1.079 e 901, respectivamente. Para ambos também foi considerado o intervalo quantitativo de cinco dias de feriado.

Dias mais críticos

Os acidentes e mortes acontecem com maior frequência no fim de semana, de sexta-feira a domingo, perfazendo os dias mais críticos para sinistros. Somados, os três dias representam quase metade dos registros (48%) e pouco mais da metade do número de mortes (53,7%). Dentre as pessoas envolvidas, prevalecem aquelas acima de 45 anos de idade (28%), sendo que o sexo masculino corresponde a 70% dos envolvidos e 81% do número de óbitos.

Automóveis lideram a lista de veículos implicados em acidentes e mortes, tendo a colisão (60%) como o tipo mais frequente. Metade das ocorrências são em pistas simples, associadas ao intervalo de tempo de pleno dia — ou seja, entre o amanhecer e o anoitecer. As reações tardia, ineficiente ou a ausência de reação por parte do condutor são indicados como os fatores predominantes na causa de acidentes com vítimas. Juntos, representam 25% desses eventos.

O cálculo da estimativa de custo de acidentes é realizado, exclusivamente, pela CNT e leva em conta despesas diretas e indiretas, como gastos associados a atendimento hospitalar, previdenciário e perda de produção. Os parâmetros elaborados pela CNT têm por base dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e incluem também danos materiais, sinistros de cargas, processos judiciais, deslocamentos e mobilização policial, além de impactos ambientais.

O Painel CNT de Consultas Dinâmicas dos Acidentes Rodoviários reúne dados de sinistros de 2007 a 2022 e visa chamar a atenção do transportador para o cenário nacional. Ao saber quais são as rodovias nas quais ocorre o maior número de acidentes e mortes e os tipos mais frequentes, os usuários podem se programar melhor para adotar medidas preventivas de segurança.

Na ferramenta é possível fazer pesquisas e recortes — nacional e por estado — que permitem conhecer a realidade de acidentes nas rodovias federais brasileiras. A estratificação das informações é realizada pela CNT, a partir dos registros da Polícia Rodoviária Federal.

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Robôs autônomos de entregas já são uma realidade

Robôs autônomos de entregas já são uma realidade

Robôs totalmente autônomos agora estão viajando em calçadas públicas para entregar produtos comerciais a clientes na Europa e isso está acontecendo pelas mãos da Ottonomy, uma empresa com sede na cidade de Santa Monica, nos Estados Unidos, fundada por imigrantes indianos e filhos de indianos residentes nos EUA. 

Graças a uma parceria da Ottonomy com a europeia Goggo Network, de Madri, os chamados Ottobots da empresa americana realizam entregas de última milha nas cidades espanholas de Zaragoza e Alcobendas.

A esperança é que o serviço possa ser lançado em outras cidades europeias em breve.

A plataforma proprietária da Ottonomy permite que os robôs sejam totalmente autônomos sem qualquer suporte de teleoperadores. Os robôes de entregas usam lasers, câmeras e sensores 2D, além de navegação contextual baseada em comportamento, com mapeamento e localização precisos, para negociar ambientes lotados, permitindo que sejam implantados em vários locais diversos. 

Identificação

A identificação dos clientes é simples e as entregas são armazenadas em compartimentos no bot, com os destinatários obtendo acesso escaneando um código QR em seu smartphone assim que o veículo chegar.

Enquanto a Ottonomy fornece o hardware, a expertise em logística é fornecida pela Goggo Network, que coordena as entregas para sua rede de parceiros.

O uso de robôs autônomos para entregas tem sido investigado por diversas empresas, com variados graus de sucesso – ou fracasso. No final do ano passado, por exemplo, a Amazon praticamente encerrou seu projeto de robô autônomo Scout para entregas no que seria um concorrente direto do Ottobot, dissolvendo uma equipe de 400 desenvolvedores que serão reorientados para outros projetos, mantendo apenas uma equipe mínima no desenvolvimento do robozinho.

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Transporte rodoviário seguro da soja é vital para prevenir risco biológico

Transporte rodoviário seguro da soja é vital para prevenir risco biológico

Diante de uma safra gigantesca – a maior da história – quem iria parar para prestar atenção no cuidado necessário no transporte do grão em caminhões graneleiros, não é mesmo? Sim, aquelas cenas de acostamentos de estradas coalhadas de grãos incomodam porque representam algum desperdício. Fora isso, delírio de ambientalistas e chatos que não tem  que fazer, certo? ERRADO! MUITO ERRADO!!! 

Se você não entendeu a importância do correto transporte de soja no Brasil na época da safra, relaxe porque nós vamos te explicar tudo o que você precisa saber nesse artigo.

A importância da soja

Primeiro vamos falar do tamanho da safra atual, afinal a colheita da safra brasileira de grãos (que inclui soja, milho e outros), pela primeira vez na história, deve ultrapassar a casa dos 300 milhões de toneladas. Neste exato instante colheitadeiras em inúmeras plantações do país estão recolhendo o fruto da safra, trabalhando em três turnos. 

É um grande salto desde a colheita feita em 2001, quando o Brasil colheu 100 milhões de toneladas de grãos, volume que, 14 anos depois chegaria, em 2015, a 200 milhões de toneladas, e agora, apenas 8 anos depois, superaremos os 300 milhões. De 1990 até agora a área plantada com grãos dobrou de tamanho enquanto que a produção poderá aumentar 430%, fazendo com que as nossas exportações ultrapassem os 159 Bilhões de Dólares do ano passado. 

A soja é uma das principais culturas agrícolas do Brasil e é amplamente utilizada na alimentação animal e na indústria de alimentos. Por isso, o correto acondicionamento da soja para o transporte em caminhões graneleiros é fundamental para garantir a qualidade e a segurança do produto durante o transporte.

Cuidados no transporte

O acondicionamento correto inclui a utilização de proteções adequadas, que salvaguardam a soja de umidade, poeira, insetos e outros fatores externos que possam afetar a qualidade do produto. Além disso, é importante que a carga seja bem distribuída no interior do caminhão para evitar deslocamentos e amassamentos durante o trajeto.

O correto acondicionamento também é importante para garantir a segurança do transporte. A soja é um produto pesado e volumoso, e uma carga mal acondicionada pode causar desequilíbrios no caminhão, aumentando o risco de acidentes durante o transporte.

Uma regra importante a ser observada é a Resolução Nº 441, fixada pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran), que se refere à escolha do veículo. Segundo o órgão, o transporte de grãos deve ser realizado em caminhões com as guardas laterais da carroceria fechadas ou dotadas de telas metálicas com malhas.

Essa medida evita desperdícios de alimentos durante o transporte. Além disso, a carga transportada não poderá exceder os limites da carroceria do veículo. Outro cuidado importante é que a carga deve estar coberta por uma lona ancorada à carroceria do veículo e em bom estado. 

O caminhão do tipo graneleiro é o mais utilizado na atividade. Em relação ao peso máximo permitido da carga, ele chega a 29 toneladas em veículos não articulados e 45 toneladas nos articulados.

Também é necessário estar com a documentação do veículo em dia e prestar atenção nos documentos fiscais exigidos para o transporte de alimentos, como o Manifesto Eletrônico de Documentos Fiscais (MDFe). Ele é exigido pela Secretaria da Fazenda e Planejamento como forma de vistoriar o transporte de cargas no território brasileiro. Lembre-se que irregularidades podem gerar multas e a apreensão do caminhão.

Perdas ao longo do caminho

Agora, vamos falar das perdas e do risco que elas acarretam: segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), é significativo o volume de perdas desses itens durante as viagens (até 0,17% do total). Cabe ao transportador evitar as ocorrências desse tipo. A Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), por exemplo, realiza um amplo trabalho de fiscalização do transporte dos grãos.

A ação da agência é para verificar se as cargas estão acondicionadas adequadamente, evitando que haja perda de grãos ao longo do itinerário, conforme estabelece a Instrução Normativa (IN) nº 02/2022.

A previsão, conforme dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), é que o estado de Goiás colha mais de 17 milhões de toneladas do grão, produto que é transportado quase que totalmente pelo modal rodoviário até chegar aos armazéns, indústrias, terminais ferroviários, hidroviários e marítimos.

Um dos principais objetivos é impedir o semeio involuntário de grãos que nascem às margens das rodovias e estradas vicinais. Essas plantas acabam se tornando hospedeiras do fungo Phakopsora pachyrhizi, agente que causa a ferrugem asiática da soja e que pode trazer um imenso prejuízo à cultura nacional de soja.

E por que isso acontece? Porque quando estas sementes eventualmente germinam, crescem sem qualquer controle e sem a proteção de defensivos agrícolas, se tornando uma presa fácil para fungos hostis e parasitas que, assim, podem mais facilmente se disseminar para as áreas plantadas.

Os fiscais da Agrodefesa estarão atentos ao transporte em rodovias de todo o estado, inclusive em trechos de estradas vicinais, observando se a carga está acondicionada corretamente e, principalmente, se não há perda de grãos.

As penalidades para os transportadores vão desde advertência e orientação até a aplicação de multa que pode chegar a R$ 2,5 mil.

Segurança e incômodo

E prevenção à disseminação de ferrugem asiática não é tudo. Ainda há a questão do incômodo às populações que moram à margem das rodovias, que se incomodam com o mau-cheiro das sementes que apodrecem na beira da estrada; e o risco ao trânsito, uma vez que o volume de sementes é tão elevado que, principalmente quando molhado, torna o asfalto escorregadio e oferece riscos de acidentes.

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